![]() |
A fundação de Constantinopla. O reconhecimento da Cristandade. |
Moeda em ouro de Constantino I, o Grande (reinou de 324 a 337)
O reinado de Constantino I, o Grande (324-337), estabelecido após um longo período de instabilidade política, foi marcado por dois acontecimentos importantes que viriam a transformar o carácter do império Romano: o reconhecimento da Cristandade e a fundação de Constantinopla. O primeiro levou ao desenvolvimento explosivo da arte monumental cristã e à gradual transformação da igreja cristã numa instituição de estatuto oficial, que se desenvolvia em paralelo e entrelaçadamente com a autoridade imperial, formando em conjunto os dois maiores pólos de poderes na vida do Império. Constantinopla foi fundada no local onde uma antiga colónia grega da cidade-estado de Megara, chamada Byzantion, estava localizada. O programa de construções ambicioso da nova residência imperial foi planeada segundo a cidade modelo de Roma, com a Agora, as avenidas, o hipódromo, as igrejas e os banhos públicos. Com a sua inauguração, o centro de gravidade do Império foi transferido para oriente. Aí, a cultura grega e a tradição helénica eram predominantes, tendo obtido, no entanto, um carácter particular na aproximação do Próximo Oriente, durante um longo período de coexistência com civilizações orientais. Construída num local estratégico e extremamente fortificada pelos imperadores, permaneceu intacta até 1204, quando foi tomada e saqueada pelos latinos durante a quarta cruzada. A nova capital, continuamente embelezada pelos diversos governantes e aristocratas ambiciosos, com edifícios profanos, luxuriantes, e cristãos tornou-se para o milénio seguinte renovado pela sua riqueza e a sua primazia artística no mundo europeu medieval. Permaneceu sem dúvida o centro radiante da vida política, económica e cultural imperial de onde vinham todas as tendências, a esfera de influência de Bizâncio era bem maior do que as suas fronteiras políticas. © 1998 Oxfordshire Serviço do Museu,
Museus de Setúbal e Museu Benaki