Casas e cidades

Provas arqueológicas mostram que existiam dois tipos de casa no período romano tardio: apartamentos em edifícios de vários andares e residências privadas. As residências privadas eram de tipo peristilo, com as divisões construídas à volta de um pátio interior. A partir de fontes escritas aprendemos que os prédios de cinco andares ainda existiam nos séculos seguintes, pelo menos em Constantinopla. Leis explícitas regulavam a construção de casas novas ou a alteração das mais antigas, para que as construções privadas não causassem distúrbios na vida dos vizinhos ou da rua. Os prédios eram de qualidade modesta e, frequentemente, os elementos arquitectónicos mais antigos eram reaproveitados não só nas casas privadas como também nas igrejas. Os quartos eram pequenos e irregulares e o pátio interior era muito limitado.

Não foram só as casas, mas também as cidades, que mudaram muito nos séculos que seguiram o período romano. A grande praça pública com o teatro, o mercado e o circo, que era o coração da vida da cidade greco-romana, foi desaparecendo debaixo da construção, não sistemática, de casas privadas e pequenas oficinas. A planificação antiga da cidade, baseado no sistema em grelha, deixou de ser seguido; as cidades sem coração do séculos X e XI não seguem nenhuma disposição de construção específica.

© 1998 Oxfordshire Serviço do Museu, Museus de Setúbal e Museu Benaki