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Ânfora Espanhola de Dorchester-on-Thames: século II d.C. |
As ânforas eram recipientes grandes em barro, usadas para guardar e transportar produtos no mundo Greco-Romano, o que reflecte o transporte em grande escala de produtos agrícolas como o vinho, o óleo e os molhos de peixe, por todo o Mediterrâneo. A forma com pé pontiagudo e duas asas era adaptada, para serem amarradas juntas em filas compactas, no porão de um navio; as ânforas eram tapadas e seladas com cortiça, madeira ou argila.
As ânforas mais comuns da Grã-Bretanha romana são do chamado tipo Dressel 20, utilizadas para o transporte de azeite, e por vezes de azeitonas inteiras, a partir do vale do Guadalquivir no sul de Espanha (a província romana de Baetica) entre as cidades de Cordova e Sevilha, entre os séculos I e II; este exemplo é provavelmente do século II, uma época em que o comércio atingiu o seu apogeu. No início do século IV importava-se muito menos azeite na Grã-Bretanha. Provavelmente uma gordura local ou os produtos lácteos, mais típicos da cozinha do norte da Europa, substituíram o azeite.
Dorchester-on-Thames, situado a cerca de dez milhas a jusante do rio, a partir da Oxford de hoje, é um sítio muito importante, com um oppidum da Idade do Ferro (ou praça central, local de encontro da tribo dos Atrebates), precedendo as muralhas romanas da cidade, que possivelmente continuou a ser utilizado nos séculos V ao IX, quando uma abadia foi construída fora da porta oriental da cidade romana.
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