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Forno para Louça em Barro de Headington, Oxford: século III/IV d.C. |
A manufactura de olaria foi provavelmente a maior indústria romano-britânica. Fragmentos de recipientes cozidos a altas temperaturas, feitos sobre a roda, com forma decorativa, romano-britânicos, foram encontrados por toda a Grã-Bretanha, e devem ter sido necessários muitos oleiros para a sua produção.
Uma indústria oleira importante foi centrada na estrada romana que vai de Alchester a Dorchester-on-Thames, num sítio alto, hoje ocupado pelos subúrbios orientais de Oxford. No fim do século III, a posição económica britânica era única no Império Ocidental, intocada pelas invasões bárbaras que ocuparam a Gália e a Alemanha. O comércio estava agora nas mãos de locais, a balança comercial era favorável e a indústria oleira, previamente localizada em Oxford, expandiu-se rapidamente. Os novos fornos de Headington, situados perto de Shotover Hill, a única fonte abundante de argila branca, dedicaram-se à produção de louça branca, conquistando rapidamente os mercados regionais no que respeita à louça fina de mesa, tigelas e argamassa.
A rapidez da expansão sugere um investimento financeiro e talvez uma propriedade única, da Indústria de Headington, mas as unidades de produção permaneceram provavelmente pequenas, e consistiam em poucos fornos, oficinas e habitações no meio delas.
O forno de Churchill Hospital, retirado do local de origem nos anos 1970 para ser exposto no Museu de Oxford, após a reposição de pequenos elementos com resina, era um forno "updraught". Um buraco no solo com cerca de um metro de diâmetro era revestido com argila e tijoleira e ligado à fornalha lateral mais pequena por um pequeno canal. Camadas de potes crus eram depositadas sobre um solo de tijoleira e barras refractárias suportadas por um pedestal. Uma superestrutura em argila formava a abóbada, com buracos de ventilação, que cobria tudo e que tinha de ser quebrada, após cada cozedura.
Todos os sítios dos finais do século III e IV em Oxfordshire, Berkshire e inicialmente Buckinghamshire produziam louça em barro de Oxford. Por todo o sul da Inglaterra, a louça de Oxford tem sido encontrada em grande quantidade em cidades e nos locais rurais romanizados. Os recipientes em louça de Oxford eram utilizados nas Escócia e na Europa do Norte.
As três peças mais importantes da louça em barro romana, de Oxford, eram a mortaria, a louça de pergaminho e a louça com cobertura de cor.
O primeiro residente de Oxford cujo nome é conhecido chamava-se Tamesibugus e era um oleiro.
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