Séculos V, VI, VII e VIII: Início do Império Bizantino e Migração na Europa |
Nos séculos V e VI na Europa Ocidental, o controlo político, do antigo Império Romano caiu, em grande parte, nas mãos dos invasores bárbaros. A crise do mundo clássico atingiu o seu apogeu no século V, com todas as grandes civilizações (Europa romana, Pérsia, Índia, China) sob pressão de exércitos ligeiramente confederados de nómadas pastorícios a sul e a oeste. Estas tribos mongolóides extorquiram os recursos dos estados, expostos aos seus ataques, e fizeram partir as tribos agrícolas dos territórios por eles atravessados, provocando migrações secundárias.
No final deste período o controlo político da Europa ocidental estava principalmente nas mãos das dinastias eslavónicas germânicas, com reinos independentes a tomarem forma. O mais importante destes reinos, o reino Franco, começou no século V, mas atingiu o seu apogeu com o reinado de Carlos Magno no século VIII. Aqui, como também noutros lugares, o facto de que o povo era descendente dos nativos romanizados, e o desejo dos governantes em emular Roma, deu à Europa Ocidental uma marca decididamente latina.
Entretanto, no Mediterrâneo oriental, a monarquia bizantina manteve as instituições romanas e enquanto continuava a utilizar o latim nos seus tribunais, começou a utilizar cada vez mais a língua grega, preservando e transmitindo a cultura grega ao mundo moderno.
Nos finais do século VI, grande parte da área do Império Romano - a Europa mediterrânica e África, o noroeste europeu e Grã-Bretanha e o Próximo Oriente - era essencialmente cristã. No entanto, nos séculos VII e VIII, a expansão do Islão destronou o Cristianismo da maior parte do Próximo Oriente, África e Espanha, e em 711 d.C. de Portugal. Os árabes foram imprimidos com a cultura grega, no que respeita a filosofia, a medicina, as matemáticas e a ciência, mas com a sua conquista da Palestina e do Norte de África, o mundo mediterrânico, foi efectivamente dividido em duas partes devido à religião.
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