Os séculos XIII, XIV e XV: A Europa Medieval |
A captura de Constantinopla, por ganância do Ocidente, na Primeira Cruzada em 1204, dividiu o Mediterrâneo ocidental e oriental, anunciando um período de uma progressiva fraqueza na Europa Oriental e de força na Europa Ocidental. As monarquias feudais em França e Inglaterra tornaram-se mais fortes, a supremacia real foi estabelecida, a Espanha e o Portugal cristãos foram reconquistados aos mouros.
O surgimento do mercantilismo do norte da Europa com a Liga Hanseática, e do negócio bancário no sul, desgastou a importância dos judeus como mercadores e financeiros, tendo estes sido maltratados e expulsos dos países europeus, um após o outro.
O século XIV foi uma época de crise política e económica. A Peste Negra dizimou a Europa; os aristocratas ameaçavam a realeza com guerras dinásticas exterminadoras empregando bandos de mercenários. Houve revoltas de camponeses e a servidão agrícola acabou.
O século XV foi um período de recuperação económica, caracterizado pelo fortalecimento do controlo estatal, com mais taxas, exércitos e navios. Gradualmente, o mercantilismo europeu e a finança foram desenvolvendo-se. A maior riqueza e as maiores cidades ainda se encontravam concentradas na Europa mediterrânea e especialmente na Itália. Os bens de luxo chegavam ao Ocidente e ao norte, vindos da Ásia e de África através dos portos italianos, para o norte da Europa. O comércio no norte da Europa, no que diz respeito à matéria-prima, ainda era dominado pela Liga Hanseática; as trocas monetárias internacionais cresceram em Bruges como também na Itália.
E a Europa Oriental? Nos finais da Idade Média, o sudeste europeu caiu nas mãos turcas (Constantinopla caiu em 1453) e entrou num período de estagnação, aliviada por um forte sentido de identidade e o desejo de defender os valores tradicionais, que faltaram muitas vezes ao Ocidente.
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