O Império Romano: Origens, Crescimento e Economia

A cidade de Roma estendeu a sua esfera a partir da planície vizinha, no século IV a.C., ao controlo da Itália e do Mediterrâneo Ocidental e Oriental, nos finais do primeiro milénio. Augusto, o primeiro imperador, inaugurou dois séculos de paz e prosperidade relativas, dentro das fronteiras patrulhadas por 300.000 soldados.

O Império Romano formava um enorme território com uma só moeda, com barreiras alfandegárias mínimas, não existindo fronteiras como tais, havia pouca pirataria, e era servido por uma rede de boas estradas e portos seguros. Os movimentos do exército e dos seus seguidores, na defesa das fronteiras, na construção das cidades, quintas e minas, criaram mercados distantes para os produtos do Mediterrâneo: a Grã-Bretanha, por exemplo, importava óleo e vinho em grandes quantidades do Mediterrâneo.

Os bens de luxo que vinham do Oriente já há muito que tinham chegado ao Mediterrâneo oriental pela Rota da Seda. Então, grandes e ricos centros urbanos cresciam no Mediterrâneo oriental, à medida que o comércio se desenvolvia, abastecendo o resto do Império.

Inicialmente os produtos manufacturados italianos, eram exportados para as províncias. Gradualmente, a manufactura e produção em massa desenvolveram-se nas próprias províncias. Por volta dos finais do século II d.C., a maior parte das províncias era plenamente auto-suficiente no que respeita aos bens produzidos em massa. Mas alguns locais, mais afastados, continuavam a importar alguns produtos manufacturados: na Inglaterra, por exemplo, o vidro era importado da região do Reno durante todo o período romano. No entanto, a Grã-Bretanha era uma das poucas zonas do império rica em chumbo e estanho: estes eram explorados e exportados.

A economia do império, especialmente a da periferia menos urbanizada, era essencialmente agrícola. Durante todo o período romano, os cidadãos "romanos" livres, aspiravam a ser proprietários de terras e de quintas. As classes que exerciam uma actividade comercial, muitas vezes constituídas por homens e mulheres tornados livres, não eram nem rica, nem proeminentes. O trabalho manual (nas minas, nas quintas, em grandes propriedades) era muitas vezes feito por escravos vindos de áreas exteriores ao império, que posteriormente compravam a sua liberdade.

Os abastecimentos feitos à própria Roma, uma cidade com um milhão de habitantes, muitos dos quais marginalmente empregados, eram importados de todo o Império. A Grã-Bretanha fornecia animais selvagens, como os ursos e os lobos irlandeses, para os jogos cruéis nas arenas, organizados pelos imperadores para uma população próspera.

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