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A Vida nas Primeiras Cidades: a Origem das Cidades, os Séculos VIII, IX e X, e a Chegada dos Normandos, séculos XI e XII d.C. |
Com uma ou duas possíveis excepções, as cidades romano-britânicas não sobreviveram como centros comerciais. O desenvolvimento das cidades na Grã-Bretanha tinha de recomeçar do início. Novos centros surgiram como mercados, como povoações de artesãos, comerciantes e famílias, fora das muralhas perto de mosteiros, ou como refúgio em tempos agitados ou de ataques, mais famosos durante os anos de ameaça Viking, nos século IX e início do século X. Oxford começou por ser uma povoação do século VIII à beira do rio, ficando mesmo fora dos terrenos do mosteiro de St Frideswide, onde a estrada para Abingdon atravessava o Tamisa. Em cerca de 900, o rei Alfred, ou o seu filho Edward, the Elder (o ancião), criou uma cidade defensiva ou burh, cercando a povoação por uma rampa em terra ou um fosso.
A disposição desta vila era defensiva, com os seus quatro portões a norte, a sul, a leste e a oeste, e com torres defensivas que sobreviveram a norte (a torre St Michael) e a oeste (a torre St George) (ambas são provavelmente da primeira metade do século XI). Tudo isto ainda se reflecte actualmente no plano central das ruas de Oxford e nos nomes dos locais. Uma grelha de ruas dispostas à maneira romana, com ângulos rectos entre as quatro principais, foi gradualmente preenchida com parcelas de terrenos longas e estreitas, cada uma com a sua casa de um piso em madeira e um quintal comprido para guardar os porcos, as galinhas, poços e exercer qualquer actividade artesanal ou industrial.
Quando as forças normandas chegaram em 1066, Oxford era um local importante e activo ao ponto de ser escolhido como local para a instalação de um castelo, desenhado para intimidar a população saxónica. Inicialmente uma construção em terra e pedra foi sediada no lado ocidental das defesas da cidade já existentes, o pátio do castelo tinha todas as amenidades necessárias para a vida da guarnição normanda, enquanto que o motte (a muralha do castelo de Oxford) fornecia uma vista acima e abaixo do rio Tamisa e do outro lado de Chiltern Hills, assim como em baixo sobre todas as propriedades saxónicas da cidade.
© 1998 Oxfordshire Serviço do Museu, Museus de Setúbal e Museu Benaki