![]() | Ânforas do Porto dos Cacos (Alcochete, perto de Setúbal): séculos I a III d.C. |
Os condimentos de peixe produzidos em Setúbal eram armazenados em altos recipientes de barro chamados ânforas e eram enviados por mar para os mercados de consumidores do Império, e em particular para Roma.
Na era romana estas ânforas eram o tipo de recipiente mais usado para o transporte de produtos alimentares como o vinho, mel, azeite, azeitonas, doce, vegetais e cereais. Cada tipo de alimento tinha uma ânfora com uma forma própria. Os modelos também se alteravam conforme as regiões e a altura em que eram fabricadas.
As ânforas produzidas pelos oleiros do estuário do Sado mantiveram uma forma uniforme durante os séculos I a III.
O Porto dos Cacos em Alcochete, é uma aldeia da época romana especializada na produção de ânforas destinadas à embalagem dos preparados de peixe produzidos nas margens do Tejo, e de que se conhecem exemplos destas fábricas sob o actual centro da cidade de Lisboa, que remonta ao século XVIII. O Porto dos Cacos funcionou como aldeia especializada na produção de ânforas entre, pelo menos, os séculos I a V d.C., tendo sido abandonada na mesma época que a queda do queda do Império Romano do Ocidente, e o consequente fim dos mercados consumidores de preparados de peixe, já que a existência de uma comunidade tão especializada já não se justificava.
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