Lucerna em barro proveniente do Porto dos Cacos (Alcochete, perto de Setúbal): séculos I - III d.C.

Imitações, em cerâmica, de lamparinas gregas finas em metal da era clássica, levou à grande popularidade de candeias a óleo, em cerâmica, produzidas em série tal como a que se observa aqui oriunda de Alcochete. Estas candeias encontram-se em grandes números em cidades romanas e vilas à volta do Mediterrâneo, embora não fossem muito populares em Inglaterra.

Estas candeias (lucernas) eram de fácil transporte pela casa nos escuros meses de Inverno, como também eram de fácil enchimento, e também se arrumavam facilmente quando já não eram necessárias, de Verão, ao serem penduradas pela pega. O pavio estaria enrolado no interior, saturado em óleo vegetal, e era gradualmente puxado para fora para acompanhar a queima da extremidade.

A forma, larga e oca, maximizava o tempo de queima - embora o puxar do pavio para fora devesse ter sido um trabalho intenso e frequente, lembrando-nos que os romanos eram uma sociedade que usava uma força de trabalho escrava.

O disco decorado desta candeia representa a deusa Fortuna.

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